Mercantilismo em Portugal
- As ideias mercantilistas foram trazidas de França por Duarte Ribeiro Macedo embaixador de Portugal.
Foram aplicadas por Luís de Menezes, conde da Ericeira, no reinado de D. Pedro II.
ÞMedidas mercantilistas
- A criação de novas manufacturas, sobretudo no sector têxtil, e o reforço do apoio às que já existiam;
- A publicação das pragmáticas, leis que proibiam a importação e uso de alguns produtos estrangeiros;
- A atribuição de empréstimos e privilégios a investidores estrangeiros que instalassem as suas fábricas em Portugal.
ÞCausas da introdução do mercantilismo em Portugal
- A crise comercial que ocorreu a partir de 1650, em a descida do preço do açúcar brasileiro nos mercados europeus.
- Esta crise comercial agravou-se na década de 70 devido à concorrência do açúcar produzido nas Antilhas inglesas e holandesas.
- Para resolver este défice da balança comercial, os portugueses adoptaram o mercantilismo.
Falência das medidas mercantilistas – D. João V
- Ressurgimento do comércio colonial, sobretudo do açúcar e tabaco.
- Tratamento de Methuen: foi assinado em 1703, entre Portugal e Inglaterra.
Portugal comprometeu-se aceitar, sem restrições os têxteis ingleses. Em contra partida a Inglaterra reduzia as taxas alfandegárias vinhos portugueses, facilitando a sua nova industria.
- Descoberta do ouro no Brasil: este foi descoberto graças ao esforço dos bandeirantes, na região de minas gerais. Com esta abundância de ouro acabavam os entraves à importação de produtos estrangeiros. Esta descoberta de ouro teve consequências negativas para Portugal como: - emigração para minas gerais;
- diminuição das preocupações mercantilistas de fomento industrial. Portugal ficava assim dependente economicamente de Inglaterra.
Caracterização do antigo regime
É o período histórico, entre os séculos XVI e XVIII, que se caracterizou, na política, pelo absolutismo, na económica, pelo mercantilismo e, na sociedade, pela divisão
Absolutismo régio
Entre os séculos XVI e XVIII vigorou, na maior parte dos países da Europa. As suas características são: a ideia do direito divido dos reis, ou seja, defendia-se que, como o rei recebia o seu poder directamente de Deus; o rei concentrava em si todos os poderes e funções do estado: a politica, a justiça, a administração e a economia; todos os grupos sociais estavam subjugados ao poder do rei.
Sociedade no antigo regime
Nos séculos XVI, XVII XVIII, a sociedade portuguesa, tal como acontecia no resto da Europa, estava organizada em três ordens ou estados: clero, nobreza e terceiro estado. Cada uma destas ordens tinha funções, direitos, deveres, formas de vestir e de estar próprias.
A sociedade do Antigo Regime era uma sociedade hierarquizada, ou seja, ordenada por categorias sociais.
O clero ocupava-se do culto, do ensino e da assistência.
A nobreza tinha funções militares e ocupava cargos na política e na administração.
O terceiro estado tinha obrigações para com as outras ordens, não possuía quaisquer privilégios e era ele que assegurava as actividades produtivas.
Medida mercantilista do Marquês de Pombal
As ideias mercantilistas eram: reorganizar as fábricas reais de lanifícios; fundou e renovou fábricas de vidros, louças, cutelarias e de fundição, entre outras; fundou a primeira fábrica de refinação de açúcar; reorganizou a real fábrica das sedas; contratou técnicas estrangeiras para melhorarem a produção; aplicou medidas proteccionistas para os produtos nacionais.